7 tendências de negócio que têm tudo para bombar em 2018

Ideia de negócio: as tendências que você verá a seguir se distanciam do básico e elogiam a tomada de riscos (Foto/Thinkstock)

São Paulo – A chegada de 2018 também acende o sonho de muitos brasileiros em ter o seu próprio negócio – e, com isso, começa a busca por tendências de empreendimentos.

Não é para menos: o ano possui esperanças bem maiores do que seus predecessores. “Com a manutenção da queda da inflação e das taxas de juros, há um subsequente aumento do poder de compra das famílias. Isso não só retoma investimentos das empresas e consumo das pessoas, mas se reflete em uma maior expectativa de Produto Interno Bruto (PIB) do país”, analisa Heloisa Menezes, diretora técnica do Sebrae.

Outro ponto positivo deste ano é o interesse cada vez mais de grandes empresas por negócios nascentes – o que só aumenta suas chances de sucesso. “Temos um cenário político incerto, mas também percebemos que o humor do mercado continua positivo. Somos buscados tanto por empreendedores quanto por corporações que querem se aproximar do ecossistema”, afirma Alan Leite, CEO da aceleradora Startup Farm.

A palavra de ordem deste ano é inovação: as tendências que você verá a seguir se distanciam do básico e elogiam a tomada de riscos, já que falamos de um ano com tantas expectativas positivas. Mesmo assim, vale lembrar que não é preciso reinventar a roda para abrir um negócio: às vezes, as inovações estão mais próximas do que imaginamos.

“Não precisa ser um negócio totalmente disruptivo. Pode ser uma simples inovação no processo, por exemplo, que já faça diferença no setor”, explica Alvaro Sedlacek, diretor de negócios da Desenvolve SP. “Mesmo assim, você tem de pensar constantemente em como ser inovador – não apenas para ser diferente, mas para ser mais eficiente diante dos problemas que existem no seu mercado.”

Ficou interessado e quer empreender, mas ainda busca uma ideia? Confira, a seguir, 7 tendências de negócio que têm tudo para bombar em 2018:

1 – Alugue energia solar para grandes redes

Painéis de energia solar

(Ben-Schonewille/Thinkstock)

Já comentamos que a sustentabilidade é uma tendência para este ano. Não apenas pensando em propósito, porém: as empresas podem poupar muito dinheiro ao adotarem a reutilização de seus recursos.

Pequenos negócios que promovam essa eficiência também podem obter sucesso com a tendência. Alvaro Sedlacek, diretor de negócios da Desenvolve SP, cita como exemplo os negócios de arrendamento de energia solar.

“Há redes grandes de farmácias e supermercados, por exemplo, que se interessam pela locação dessa energia. Além do impacto ambiente, há uma diferença de imposto cobrado e de custos totais de eletricidade”, explica.

O mercado B2B em geral, diga-se de passagem, é uma grande aposta para este ano. “O empreendedor que souber olhar para empresas maiores e pensar em como ajudá-las a obter eficiências, substituindo custos fixos por variáveis, pode ter um diferencial grande no mercado.”

2 – Aposte na economia colaborativa e no propósito

Mãos unidas: trabalho em equipe, networking, relacionamentos

(Foto/Thinkstock)

Já faz alguns anos que os negócios de economia colaborativa alçam grandes voos. Ainda que os negócios mais conhecidos sejam gigantes, como o site de aluguéis Airbnb e o app de mobilidade urbana Uber, há espaço para negócios pequenos, de nicho, que pratiquem tal conceito.

“Um bom exemplo são negócios de alimentos orgânicos ou sem glúten, que utilizam uma cultura de reaproveitamento e compra de pequenos produtores e a troca de excedentes”, afirma Heloisa Menezes, diretora técnica do Sebrae.

Essa tendência do compartilhamento se une a outra: empreendimentos que tenham um grande propósito por trás, apoiados na sustentabilidade do planeta.

“Os novos negócios estão surgindo muito com um olhar de missão: qual o sentido que meu negócio tem para a sociedade ou para o público específico da minha empresa? São empreendimentos com objetivos direcionados e ligados à questão do impacto ambiental e social de nossas ações.”

3 – Dê mais eficiência ao mundo dos imóveis

financiamento de imóvel

(SARINYAPINNGAM/Thinkstock)

Os anos de crise trouxeram consigo resultados relativamente ruins para o mercado imobiliário. Porém, o fim de 2017 já trouxe uma mudança de cenário para as empresas do setor. Com as perspectivas mais positivas, ideias de negócio que apostam em trazer uma melhor experiência para quem busca uma casa ou apartamento têm tudo para dar certo neste e nos próximos anos.

Alan Leite, CEO da Startup Farm, cita como exemplo a Smart Imobiliária, startup que usa big data para acompanhar seus clientes e, além de oferecer imóveis mais adequados aos seus perfis, sugerir a ponte com corretores quando eles avançarem mais na intenção de compra.

“É um negócio que analisa um grande volume de dados por meio da tecnologia e, com isso, traz eficiência ao setor. Eles já são fortes na região Nordeste.”

4 – Resolva os problemas dos brasileiros com as finanças

Mulher feliz cercada por papéis e contas

(Jupiterimages/Thinkstock)

As fintechs deram o que falar em 2017 – e não é para menos. O potencial de empresas como Nubank chamou a atenção até mesmo do Banco Central, enquanto o Brasil torna-se cada vez mais referência em negócios inovadores de serviços financeiros. Mesmo assim, ainda há muita burocracia para resolver no setor – e negócios que apostem em preencher tais lacunas podem obter muito sucesso.

“Ainda vemos um mercado muito aquecido nas fintechs, com oportunidade em nichos de mercado específicos”, afirma Leite, da Startup Farm. Das cerca de mil inscrições que a aceleradora recebe a cada nova seleção, várias se autoentitulam fintechs.

5 – Ofereça sua experiência em serviços, e não produtos

(scyther5/Thinkstock)

O mercado de serviços cresce cada vez mais no Brasil – e essa alta afeta não apenas o próprio mercado, mas também o comércio e a indústria.

“Vemos um crescimento transversal dos serviços. Eles entram na indústria quando se fala em internet das coisas, por exemplo, e entram no comércio quando falamos em oferecer atividades complementares aos clientes”, afirma Heloisa Menezes, diretora técnica do Sebrae. “Por isso, imaginamos que o setor de serviços seja o que mais cresça em 2018.”

Este também é o mercado ideal para quem foi funcionário por muitos anos e procura abrir um negócio próprio. “Você pode abrir um empreendimento usando a expetise já adquirida, desde que você traga elementos de diferenciação no serviço em si ou na prestação dele”, recomenda Alvaro Sedlacek, diretor de negócios da Desenvolve SP.

Um exemplo está na área de softwares, por exemplo: um empregado de uma empresa produtora do software pode abrir um negócio em que ele preste o serviço de instalação e manutenção do programa para empresas.

6 – Revolucione setores que já andam bem das pernas

Vendedora com fila em loja de roupas: vendas, varejo

(Digital Vision./Thinkstock)

Outra grande tendência de inovação para 2018 é trazer novas tecnologias para os setores mais tradicionais do país, que já apresentam bons resultados há anos – mas poderiam melhorar.

É o caso do agronegócio, por exemplo. “É um setor que, durante toda a crise econômica, segurou as pontas do Brasil. Mesmo assim, ele cada vez mais se digitaliza e emprega inovações na gestão e no próprio processo do campo. Esperamos que isso fique cada vez mais forte”, analisa Menezes, do Sebrae.

Leite ressalta que tais empreendimentos são conhecidos como agritechs ou agtechs. “A Bart Digital, por exemplo, usa blockchain em seus serviços para trazer maior eficiência agrícola.”

Também é o caso do setor de varejo. “A UpPoints, por exemplo, tem uma tecnologia de reconhecimento do produto na gôndola, monitorando a interação do consumidor com cada item. Parte da empresa foi adquirida pela Embraco, fabricante do grupo Whirlpool”, completa o CEO da Startup Farm.

7 – Traga eficiência com a inteligência artificial

(foto/Thinkstock)

Assim como o blockchain, outra tecnologia que será tendência em 2018 é a inteligência artificial. “Já vimos startups com essa tecnologia há poucos anos, mas agora veremos produtos com operações mais consolidadas e robustas”, afirma Leite.

Seu futuro negócio com inteligência artificial pode apostar, por exemplo, em customização de produtos de acordo com o perfil do cliente, no modelo B2C, ou trabalhando com um grande volume de dados sobre clientes de empresas, no modelo B2B. No primeiro caso, um exemplo de negócio é a startup de investimentos Vérios. No segundo, um destaque é a startup de análise de processos jurídicos Legal Insights.

FONTE: EXAME