6 startups que levam inovação para o setor público

Govtechs trabalham com o governo e tornam a gestão pública mais eficiente

Govtechs são startups que trazem tecnologia e inovação para o setor público. Durante o evento Govtech Conference, da StartSe, seis empresas que já estão trabalhando em parceria com o governo apresentaram suas soluções. Conheça um pouco destes projetos que aumentam a eficiência do Estado e geram impacto positivo para a sociedade como um todo.

Gove é uma startup que trabalha com governos municipais para trazer mais eficiência à administração pública. A empresa criou uma metodologia que avalia as contas de municípios afim de identificar pontos que podem ser modificados para gerar mais receita ou diminuir despesas.

Segundo Rodolfo Fiori, cofundador da Gove, a plataforma digital desenvolvida pela startup organiza o fluxo de trabalho para uma gestão melhorada dos municípios. “Ela concentra receitas e despesas, indica ao gestor público se há ineficiência e sugere ações para corrigir o problema identificado”, diz.

Além disso, a Gove capacita profissionais ligados à gestão pública, com treinamentos e conteúdo relevante, de forma a promover boas práticas duradouras para o município. A empresa garante um retorno aos cofres públicos de pelo menos três vezes o valor investido.

4mti

A 4mti é uma startup que cria soluções de Big Data a partir de dados públicos, obtidos especialmente através dos portais de transparência do governo. No portfólio da empresa está o Diagnóstico Público, uma solução automatizada que padroniza bases de dados, cruza informações e gera relatórios de fácil entendimento para o cliente.

Embora não seja restrito ao poder público, o produto já foi utilizado pelo Ministério Público de Minas Gerais e pela Prefeitura de Contagem (MG). “Como seria nosso país se as decisões do poder público fossem tomadas com base em dados?”, questiona Matheus Pereira, cofundador da empresa. “Governos têm dificuldade em avaliar quais projetos estão tendo resultados negativos e quais estão sendo positivos, e nós ajudamos nessa avaliação”.

Colab

Colab é uma startup que nasceu para “ser uma ponte entre o cidadão e o governo”, segundo Gustavo Maia, CEO. Para o empreendedor, a comunicação entre as duas partes costuma ser muito fechada, fazendo as pessoas serem “inativas” na sociedade. “Fazemos a transição entre o cidadão inativo para o cidadão colaborativo”, explica Maia.

Em uma plataforma digital, usuários podem avisar o poder público sobre problemas ou melhorias necessárias em sua cidade – como um buraco na via ou uma árvore que necessita de poda. Além disso, o aplicativo permite uma participação ainda mais ativa, como avaliar serviços e responder a consultas públicas. As prefeituras clientes do Colab podem usar a plataforma como um canal direto de comunicação com os cidadãos.

O Colab usa técnicas de gamificação para incentivar boas práticas de cidadania. “Missões”, como doar sangue em um posto necessitado, são sugeridas na plataforma e rendem “pontos” a quem completá-las.

Fábrica de Negócio

A Fábrica de Negócio é uma startup de soluções em análise e mineração de dados, com produtos que visam uma maior inteligência fiscal no setor público. Hamilton Pessoa, CEO da empresa, afirma que em um levantamento realizado internamente, foi verificado que cerca de 70% dos órgãos públicos não realiza uma auditoria fiscal. “Isso cria um ambiente propício para fraudes e erros”, explica.

As soluções da govtech usam algoritmos de inteligência artificial que, a partir da leitura dos gastos do órgão público, identificam pagamentos indevidos e duplicidades. Segundo Hamilton Pessoa, em diversos casos foram encontrados salários pagos a pessoas falecidas, servidores com vínculo a mais de uma instituição pública e até horas extras para pessoas de licença. “Acontece de tudo em folhas de pagamento, e é humanamente impossível fazer a auditoria de tantas informações”, diz o CEO.

Além de identificar os erros em folhas de pagamento passadas, a Fábrica de Negócio faz o processo de auditoria para lançamentos futuros. Assim, evita pagamentos indevidos antes de acontecerem, economizando dinheiro ao órgão público.

Mbamobi

Mbamobi é uma empresa que desenvolve aplicativos com enfoque em serviços de órgãos públicos ao cidadão. “Em sete anos trabalhando para o governo, impactamos mais de 100 milhões de pessoas”, afirma Breno Martins, CEO da govtech.

A empresa participa ativamente do processo de digitalização do governo, e tem no portfólio dezenas de aplicativos desenvolvidos para o poder público. Entre eles estão, por exemplo, os apps do Enem e do SiSU (Ministério da Educação), a plataforma e-Saúde (Ministério da Saúde) e a CNH digital (Denatran).

Árvore de Livros

“Nós somos, como os alunos falam, o ‘Netflix’ dos livros’”, conta Gabriel Lima, gerente comercial da startup Árvore de Livros. A empresa trabalha em parceira com a educação pública para democratizar o acesso à leitura.

Como explica Gabriel, em locais distantes de centros urbanos, o custo para comprar um livro – incluindo taxa de entrega – pode ser muito alto para estudantes de baixa renda. Neste cenário, a Árvore de Livros fez parceria com editoras e escolas para promover um acervo digital para os alunos.

Além de permitir a leitura, a plataforma da Árvore de Livros dá apoio pedagógico ao professor. “Ele recebe relatórios de desempenho em tempo real sobre a leitura dos alunos”, explica Gabriel Lima. Dessa forma, o docente pode identificar quais estudantes estão com mais dificuldade para realizar as leituras propostas em aula.

FONTE: StartSe