5G. O futuro será em realidade virtual e em hologramas

5G. O futuro será em realidade virtual e em hologramas

A Altice Portugal tem demonstrações de realidade virtual e realidade aumentada no stand da operadora na Web SummitUma câmara colocada no topo de um stand recolhe imagens recolhidas em 360 para uns óculos 3D, onde o utilizador consegue ver em simultâneo o que está ser transmitido em tempo real a alguns metros de distância. Em um outro espaço, é filmada uma pessoa que surge em holograma a metros de distância juntamente a um grupo, qual cena de filme de Guerra das Estrelas. As demonstrações de realidade virtual e realidade aumentada estão a ser feitas no stand da Altice Portugal, que levou ao espaço da operadora de telecomunicações na Web Summit exemplos daquilo que acredita ser o futuro proporcionado pelo 5G, tecnologia que deverá ter o pontapé de saída em 2020. Nessa data há o compromisso europeu de ter um piloto a funcionar numa cidade de cada país da União Europeia.

“Montamos no espaço da Altice Portugal na Web Summit um set up comercial de 5G, com a Huawei e com a Ericsson. Uma rede viva sobre a qual estamos a fazer duas demonstrações de aplicações de realidade aumentada e realidade virtual (…) para que as pessoas fiquem com uma primeira ideia do que o 5G nos pode trazer a mais do que as redes 4G e 4G+ já nos trazem”, refere Luís Alveirinho, chief technology officer (CTO). “No set up que temos na Web Summit temos 100 MGHzt de espectro, o que nos permite chegar a 2,5 giga de tráfego”, descreve. O 5G irá trazer menor latência (tempo de resposta mais rápida entre o pedido do utilizador e a resposta do sistema) e maior capacidade de gerir pedidos feitos em simultâneo, tanto por humanos como máquinas.

Os serviços são fundamentais para o 5G e muitos dos novos serviços que vão aparecer vão vir destas startups”. Com a meta de 2020 praticamente à porta, o que tem estado a operadora a fazer para se preparar para este novo salto tecnológico? “Em termos técnicos o que estamos mais preparados é no core da rede, onde já fizemos um processo de migração. Estamos completamente preparados do ponto de vista do core para acomodar a introdução do 5G”, diz. “Na componente das redes de acesso é um processo evolutivo. Acabámos no princípio deste ano de fazer uma grande transformação à nossa rede 4G. Já temos cerca de 70% da rede coberta com rede 4G+, o que permite que qualquer pessoa que esteja aqui dentro deste campus com pacote associado consiga fazer sobre a rede 4G+ navegar a 250 megabites por segundo”, descreve Alveirinho.

“Estamos a trabalhar há mais de um ano na introdução do 5G que será feita numa lógica 4G e 4G+ ainda tem muito para dar”, diz. A meta do 2020 existe, mas falta um leilão para a atribuição do espectro que vai ser usado para o 5G, bem como terminais preparados para tirar partido desta tecnologia. E “lançar rede sem haver terminais para se usar não merece a pena”, comenta Luís Alveirinho. Em 2020 “estaremos preparados seguramente”, diz o CTO. “A rede atual 4G atual e a 4G+ ainda tem muito, muito para dar. Estamos mais preocupados a começar um ecossistema de soluções e aplicações. As redes existem mas se não existirem aplicações ninguém vai usar as redes. Há que chamar as startups e os empreendedores a estes processos”, continua.

A operadora tem um programa de apoio às startups em Portugal, o Enter, organiza o concurso IoT Challenge, criaram um laboratório específico para 5G no Altice Labs, em Aveiro, para desenvolvimento de soluções e serviços. “Os serviços são fundamentais para o 5G e muitos dos novos serviços que vão aparecer vão vir destas startups”.

FONTE: DINHEIRO VIVO