5 coisas que já sabemos sobre veículos autônomos

A minivan híbrida Chrysler Pacifica é uma experiência de carro autônomo rodando pelas ruas americanas, em parceria da FCA com o Google.

O futuro chegou. Dentro dos próximos quatro anos, carros sem motorista serão parte do trânsito normal de algumas cidades pelo mundo. E é provável que a sua cidade seja uma delas. A FCA acaba de se unir à parceria entre BMW, Intel e Mobileye pelo desenvolvimento da tecnologia de direção autônoma nesse prazo. As empresas trabalham na criação de uma plataforma internacional destinada a ser adotada por todas as montadoras que aceitarem o convite.

A cooperação é uma solução que permite às empresas compartilhar os (altos) custos e benefícios do desenvolvimento desta tecnologia, aproveitando os pontos fortes de cada companhia, além de acelerar o desenvolvimento, conforme declarou o executivo-chefe da FCA, Sergio Marchionne: “Para alcançar avanços na tecnologia de condução autônoma, é vital formar parcerias entre fabricantes de automóveis e que fornecem a tecnologia.”

A parceria começou em julho do ano passado, com a união entre o BMW Group, a Intel e a Mobileye, uma empresa israelense que nasceu para desenvolver a tecnologia de direção autônoma e depois foi adquirida pela própria Intel. Agora se junta ao grupo a FCA, que já tem uma aliança com a Waymo (empresa criada pelo Google) que colocou diversas minivans híbridas Chrysler Pacifica autônomas nas ruas.

Como estamos falando de uma tecnologia inovadora, há muita especulação, diversas tendências, mas há muitas certezas também. Selecionamos cinco delas pra você já se preparar para o mundo dos carros autônomos:

1. Eles já estão entre nós!
Você sabe que empresas de tecnologia como Google e Uber já colocaram carros autônomos nas ruas, né? O projeto do Google ganhou autonomia e agora é uma empresa própria: a Waymo. O mais novo carro autônomo deles é a minivan híbrida Chrysler Pacifica. Em parceria com a FCA, a Waymo colocou 100 Pacificas como essa da foto nas ruas. E já encomendou mais 500 em abril. Hoje, há mais Pacificas dessas rodando do que qualquer outro veículo autônomo no mundo.

2. Em 4 anos, FCA também vai produzir carros autônomos
As Chrysler Pacifica não saem de fábrica dirigindo sozinhas – sem trocadilho! É a Waymo que faz as adaptações para que elas ganhem direção autônoma. Mas fique esperto que, dentro dos próximos quatro aninhos, a FCA vai produzir carros autônomos também. A companhia se juntou à aliança da BMW com a Intel para produzir uma plataforma de direção autônoma que poderá ser utilizada por qualquer montadora que aceite o convite e se una ao projeto também.

3. Um a cada dez carros na Europa serão autônomos até 2030
Analistas preveem que cerca de 10 a 15% dos carros na Europa serão autônomos até 2030. Esta projeção também já foi citada por Stefan Ketter, presidente da FCA na América Latina. Inicialmente, os carros que dirigem sozinhos devem começar a rodar como táxis e similares. Ainda para 2030, o mercado de táxis autônomos deve chegar a US$ 2 trilhões!

4. Desculpe, mas carros autônomos dirigem melhor que você
Apesar dos receios da maioria dos motoristas (especialmente os veteranos e aqueles que dirigem por prazer), as tecnologias de direção autônoma já são capazes de dirigir um veículo melhor do que um ser humano. Após rodar mais de 3 milhões de quilômetros com seus veículos, a Waymo registrou apenas um leve acidente que foi “culpa” de um dos primeiros carrinhos do Google, ainda em testes. A estatística, junto com as análises dos especialistas, prova que o sistema dirige 10 vezes melhor que os melhores motoristas humanos, e cerca de 40 vezes melhor que os motoristas recém-habilitados. Os números são tão bons que os especialistas já falam em milhares de mortes evitadas nas estradas todos os anos com a progressiva adoção da tecnologia, que, embora costume consumir gasolina, não fica bêbada!

5. Você ainda vai ter um desses
Como você leu acima, o primeiro carro autônomo que vai dirigir para você deve pertencer a alguma empresa de transportes. Mas não fique triste, porque não vai demorar muito mais para que você tenha o seu próprio carro que dirige enquanto você lê o jornal do dia ou tira um cochilo. Quem disse isso foi o executivo chefe da FCA, Sergio Marchionne. Ele falou que assim que a tecnologia se tornar bem aceita o custo também vai ficar acessível para a maioria dos consumidores, “por um preço razoável”.

BMW e Intel já haviam anunciado um cronograma para comercializar soluções de condução altamente automatizada (nível 3) e totalmente automatizada (níveis 4 e 5) até 2021. A união com a FCA mantém este cronograma (e a hashtag utilizada: #futureofdriving2021). “Com a FCA como nosso novo parceiro, fortalecemos nosso caminho para criar, com êxito, a solução mais relevante e avançada de nível 3 a 5 como resultado da colaboração global entre as montadoras”, anunciou o presidente da BMW AG, Harald Krüger. “Estamos muito satisfeitos em dar as boas-vindas à FCA a esta colaboração, dando um passo mais perto de entregar os veículos autônomos mais seguros do mundo”, disse o CEO da Intel, Brian Krzanich.

Até o fim deste ano, 40 veículos autônomos de teste já serão colocados nas ruas, isso após a frota que a Mobileye já tinha anunciado, de 100 outros veículos de nível 4. De acordo com a classificação da SAE, veículos de nível 3 já são capazes de dirigir sozinhos (com a presença de um motorista humano que pode intervir, se necessário), enquanto os veículos de nível 4 se viram sozinhos nas estradas, mesmo sem intervenção humana. Os veículos de nível 5 conseguem dirigir sozinhos em quaisquer tipos de estradas e condições climáticas. “A combinação de conhecimento e de mapeamento, fusão de sensores e soluções políticas de condução oferece os mais altos níveis de segurança e versatilidade em um pacote de baixo custo que se estenderá através de todas as geografias e configurações de estradas”, comemorou o professor Amnon Shashua, Diretor Executivo e de Tecnologia da Mobileye.

Os parceiros fizeram questão de anunciar que o convite às demais montadoras que queiram se juntar a eles nessa empreitada permanece de pé, “num esforço para criar uma solução para toda a indústria”.
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FONTE: DRAFT