49% dos fundadores de unicórnios empreenderam antes de abrir uma startup de sucesso, diz pesquisa

Estudo feito pela Endeavor Insight analisou o perfil de 200 empreendedores nos Estados Unidos e em mercados emergentes para encontrar pontos em comum nas jornadas profissionais.

Quais são os fatores que determinam que uma jornada empreendedora será bem-sucedida? Existe um perfil predominante entre os fundadores de startups que ultrapassam o valor de mercado de US$ 1 bilhão, os chamados unicórnios? Essas são algumas das perguntas que a Endeavor Insight, divisão de pesquisas da Endeavor, decidiu responder ao estudar a carreira de 200 empreendedores que estão por trás de unicórnios – sendo metade deles atuante em mercados emergentes, incluindo o Brasil.

A instituição analisou 80 variáveis para identificar os traços e as experiências que os fundadores dos Estados Unidos e de outros países têm em comum bem com como suas diferenças, a partir de informações que incluíam estudo formal, empregos anteriores e experiências empreendedoras. Foram examinadas as 200 empresas melhor avaliadas, de acordo com o valuation registrado pelo Pitchbook em dezembro de 2022.

Nove startups brasileiras foram objeto de estudo, com a jornada de 19 fundadores. Alguns deles, como Florian Hagenbuch, Sergio Furio e Dmytro Kromakov não são brasileiros, mas empreenderam por aqui. São elas: QuintoAndar, Creditas, Loft, Unico, CloudWalk, Loggi, Olist, CargoX e Facily. Henrique Dubugras e Pedro Franceschi, da Brex, também entraram, mas a sede da fintech é nos Estados Unidos.

Experiência prévia

De acordo com o estudo, fundadores de unicórnios têm em média uma década de experiência profissional após a formação universitária, período em que constróem uma rede de relacionamentos. Metade dos empreendedores analisados trabalhou em uma startup ou scale-up antes de abrir o próprio negócio.

49% dos fundadores podem ser considerados empreendedores seriais, ou seja, já haviam empreendido antes de fundarem a startup que alcançou o status de unicórnios. O levantamento mostrou que apenas 20% dos fundadores foram empregados por companhias consideradas de elite, como grandes empresas de consultoria, big techs e bancos de investimento de grande porte.

Segundo a análise, fundadores de mercados emergentes conseguem escalar suas startups em menos tempo do que os norte-americanos: para os primeiros, as empresas demoram em média cinco anos e meio para se tornarem unicórnios, enquanto as startups nos Estados Unidos levam mais de seis anos para conquistar o título.

Formação

É comum encontrar fundadores de grandes scale-ups brasileiras com universidades de renome no currículo, mas os números da pesquisa não refletem a impressão. 97% dos 200 empreendedores analisados obtiveram diploma universitário, mas apenas um terço deles se formou em uma universidade de elite (integrante da lista QS World University Rankings).

As áreas mais comuns de formação são ciências e engenharia – 66% dos fundadores se formaram em cursos como ciência da computação, engenharia elétrica e matemática –, enquanto 19% se especializaram em negócios.

FONTE:

https://revistapegn.globo.com/startups/noticia/2023/10/49percent-dos-fundadores-de-unicornios-empreenderam-antes-de-abrir-uma-startup-de-sucesso-diz-pesquisa.ghtml