3 aplicações práticas da realidade virtual em diferentes áreas

Veja como os softwares de realidade virtual podem melhorar o desempenho de profissionais em áreas como saúde, educação e indústria

A realidade virtual vai muito além do mercado de entretenimento e games. “Hoje, a realidade virtual está mais madura no mercado que a realidade aumentada”, diz Rodrigo Tamellini, diretor de marketing de produtos em realidade virtual (VR) e realidade aumentada (AR) da Intel.

Segundo o executivo, a tendência é que as aplicações com AR superem as com VR nos próximos três anos. Rodrigo apresentou, durante a sua palestra no Silicon Valley Conference, da StartSe, três aplicações práticas interessantes da realidade virtual em diferentes áreas: saúde, educação e indústria.

Confira à seguir.

Cirurgias cerebrais

Uma operação no cérebro, normalmente relacionada a um tumor, é um dos procedimentos mais delicados em toda a medicina. A partir das imagens bidimensionais geradas por exames como ressonância magnética e tomografia, um software de realidade virtual consegue criar uma reprodução tridimensional do cérebro do paciente.

Este modelo tem dois usos práticos. Primeiro, o próprio paciente pode ter uma dimensão do seu tumor e uma noção maior de como funciona o procedimento. Na prática, isto diminui a ansiedade e aumenta a confiança dele no médico. Além disso, o modelo permite ao cirurgião “ensaiar” a operação e, desta maneira, optar pelo procedimento mais assertivo, já que cada paciente tem uma anatomia que requer determinada conduta.

“Isso já é uma realidade. Está em 4 dos 5 melhores hospitais dos EUA em cirurgia cerebral e salva vidas”, diz Tamellini.

Estudos em anatomia

A startup brasileira MedRoom usa uma experiência de imersão por realidade virtual para que estudantes de medicina possam analisar a anatomia humana e praticar intervenções. “Eu já vi muitas aplicações de VR em anatomia, mas esta está, com certeza, entre as três melhores do mundo”, diz o executivo da Intel.

A aplicação é interessante porque reduz o custo de se obter um cadáver humano para estudo, e, apesar de virtual, a experiência é melhor que a real. Isto porque, após a morte, o cadáver é tratado com produtos químicos e, quando chega ao estudante, já é significativamente diferente de um corpo vivo.

Treinamento de segurança

A Intel utiliza realidade virtual para aumentar a segurança de seus funcionários nas fábricas de hardware. “Reconstruímos o treinamento de certificação elétrica com VR”, diz Rodrigo. De acordo com o executivo, o treinamento tradicional tende a ser muito teórico já que não é possível simular, por exemplo, uma descarga elétrica após um erro de procedimento.

“Percebemos que 70% dos incidentes ocorrem por erro de procedimento. Isso acontecia, especialmente, quando os funcionários faziam algo que eles sabiam em teoria, mas não era comum na sua rotina”, explica. “Com VR, eu consigo adicionar variáveis no treinamento e identificar causas de acidentes elétricos, incêndios, etc. A aplicação da tecnologia trouxe 300% de retorno do investimento, além de aumentar a segurança dos funcionários”.

FONTE: StartSe