MICRO-DRONE FOI DESENVOLVIDO PELO LABORATÓRIO DE MICROROBÓTICA DE HARVARD
Um drone “inseto” que pesa menos que um clipe de papel foi apresentado nos Estados Unidos. Com direito a movimento de asas que emula vários de seus equivalentes biológicos, o minúsculo robô voador cabe na palma da mão. Seu nome é RoboBee X-Wing (robô-abelha de asas em X, em tradução livre).. Desenvolvido pelo laboratório de microrobótica de Harvard, a envergadura das asas do dispositivo é de apenas 3,5 centímetros.
O mecanismo de voo se diferencia dos drones maiores, que saem do chão graças a um conjunto de hélices. A autonomia de voo do protótipo é de menos de um segundo. A limitação está relacionada à alimentação de energia. É um dos principais desafios do projeto, segundo o vídeo de apresentação. Veja:
Nessa escala de tamanho, baterias são muito pesadas para serem transportadas. A solução encontrada foi colocar micro-paineis solares ultraleves. Um dispositivo transmite a corrente elétrica para as minúsculas asas do dispositivo. Ainda assim, o protótipo requer uma fonte de luz intensa, equivalente a três vezes a luz solar. No entanto, um importante passo já foi alcançado nos voos experimentais do micro-drone.
A força necessária para levantar voo, chamada de empuxo, supera aquele de muitos insetos de verdade. A chegada de um equipamento assim ao mercado ainda está distante. Entretanto, como definiu a revista do MIT (Massachusetts Institute of Technology), ele “aponta para um futuro em que drones alados podem atravessar prédios e áreas urbanas movimentadas com uma facilidade inquietante”.
A apresentação do projeto oferece possibilidades mais otimistas, evidentemente. “A esperança é que eles (…) possam ajudar no monitoramento ambiental e de desastres, talvez até operando como enxame”. A disponibilidade desse tipo de tecnologia causa preocupação nas Forças Armadas nos EUA. Em 2018, o Exército americano encomendou um relatório sobre o potencial de ameaça dos “sistemas de aviação não-tripulados pequenos”. “Os drones amadores são fáceis de comprar, seu desempenho está melhorando drasticamente e o custo caiu bastante. Agora, com milhões deles em todo o mundo, representam uma ameaça crescente às forças combatentes dos EUA se usados com propósitos nefastos”, declarou um dos responsáveis pela relatório.
FONTE: NEXO