10 tendências tecnológicas de 2019 para consumidores conectados

Relatório anual do ConsumerLab, da Ericsson, mostra inovações e tendências em Smart Home e Smart Life que vão influenciar a vida de milhões de consumidores

Agora que você já se acostumou com os wearables (dispositivos digitais para vestir/usar) prepare-se para aprender uma nova palavra que marca a tendência da tecnologia pessoal nos próximos 3 anos: awareables. Ela define dispositivos digitais inteligentes (vestíveis ou não) que são capazes de perceber (por isso a palavra aware) mudanças de humor ou disposição física de seus donos e agir proativamente oferecendo solução ou ajuda.

A combinação das tecnologias atuais de machine learning, reconhecimento de voz e inteligência artificial torna possível e provável que awareables estejam nas suas mãos já em 2019. “Hoje, a inteligência artificial já pode entender sua personalidade só olhando nos seus olhos. Entrevistamos usuários que adotam rapidamente novas tecnologias e eles enxergam um futuro onde seus dispositivos os conheçam melhor do que eles mesmos”, diz o Dr. Micnós hael Björn, líder de pesquisas do Ericsson Consumer & IndustryLab e principal autor da oitava edição do estudo anual 10 Hot Consumer Trends 2019.

O estudo define as tendências da tecnologia pessoal e de consumo baseando-se na opinião de milhares de usuários avançados de tecnologia. A edição de 2019 baseia-se em uma pesquisa online conduzida em outubro de 2018 com 5,097 usuários de internet de Johannesburg, Londres, Cidade do México, Moscou, Nova Iorque, San Francisco, São Paulo, Shanghai, Sydney e Tóquio.

Essas são as 10 tendências para 2019:

1. Awareables

Seu assistente digital vai saber mais de você do que você sabe dele. Mais de 60% dos usuários de assistentes virtuais acreditam que os dispositivos que entendem o nosso humor serão predominantes em três anos.

2. Discussões inteligentes

Seu assistente digital vai debater e argumentar com você como qualquer pessoa da casa, até na hora de escolher o que pedir para jantar. Mais de 65% dos usuários de assistentes virtuais acreditam que os alto-falantes inteligentes argumentarão como membros da família dentro de três anos.

3. Proteção contra Aplicativos Espiões

A maioria (59%) dos entrevistados diz que é preciso adotar princípios globais de proteção de dados pessoais e da integridade do indivíduo, já que mais da metade deles (52%) acredita que os dispositivos pessoais digitais de todos os tipos coleta muito mais informação do que é necessário no dia a dia. Mais de 45% dos consumidores acreditam que os aplicativos coletam dados sobre eles, mesmo quando não usam o aplicativo.

4. Epidemia de aceites forçados

Com as regras de proteção de dados pessoais como GDPR e o uso excessivo de cookies nos sites, os consumidores reclamam do tempo perdido dando OK nas barras e alertas dos sites que visitam pedindo sua autorização para coletar dados pessoais. Ter sempre que aceitar cookies de coleta de dados irrita 51% dos consumidores, e 46% deles disseram que o ato levanta mais suspeita do que confiança. Para 47% dos entrevistados, o modelo de negócios da internet, baseado em publicidade que depende de cookies, precisa ser revisto. E 42% vão mais além: é preciso mudar fundamentalmente a internet para que ela volte a ser uma força do bem para a sociedade novamente.

5. Internet of Skills (Internet das habilidades)

Mais de 50% dos usuários de realidade aumentada ou realidade virtual esperam para breve ter aplicativos, óculos e luvas que ofereçam orientação virtual para tarefas práticas e cotidianas, como cozinhar ou executar reparos.

6. Consumo Zero-Touch (sem toque)

Chega de checar a geladeira e a despensa para saber se está na hora de comprar leite, arroz, feijão ou sabão em pó. Cerca de metade dos usuários de assistentes virtuais querem adotar contas e assinaturas automatizadas de serviços e produtos, bem como esperam suprimentos domésticos de auto-reabastecimento e querem que seus assistentes pessoais digitais executem as tarefas. Para 47% dos respondentes a decisão é radical: esperam que seus assistentes cuidem das suas finanças e até mesmo da declaração do imposto de renda.

7. Risco de Obesidade mental

31% dos consumidores acreditam que logo terão que frequentar ‘academias da mente’ para praticarem exercícios mentais, conforme as decisões do dia-a-dia se tornam cada vez mais automatizadas. Alguém aí se lembrou do roteiro do filme “Wall-e” ?

8. Eco Me

Por entender que seu bem-estar é diretamente ligado ao bem-estar do planeta, 39% dos consumidores desejam um smartwatch ecológico que meça não só seus sinais vitais mas também suas pegadas de carbono. E 4 em cada 10 respondentes disse que é preciso que os assistentes pessoais digitais sejam capazes de regular temperatura e consumo de energia da casa para torná-la eco-eficiente.

9. Meu gêmeo digital

No melhor estilo “eu e minhas cópias”, 48% dos usuários de realidade aumentada ou virtual manifestaram o desejo de ter avatares virtuais que os simulem perfeitamente, para que possam estar em mais de um lugar ao mesmo tempo.

10. 5G automatizando a sociedade

Cerca de 20% dos usuários de smartphones acreditam que o 5G melhorará a conexão de dispositivos IoT, como eletrodomésticos e serviços públicos.

Por que isso é importante

O estudo da Ericsson reflete os insights de consumidores influentes para o mercado. Os respondentes têm entre 15−69, vivem em áreas urbanas e são early adopters (os primeiros a adotar uma tecnologia assim que ela é lançada) com uso intenso de tecnologias digitais. Na amostra, por exemplo, 47% usam semanalmente assistentes virtuais inteligentes (Siri da Apple, Google Assistant, Alexa da Amazon, etc.) e 31% usam realidade aumentada ou virtual (AR/VR) uma vez por semana.

Essa amostra, segundo a Ericsson, é suficiente para representar a visão de 34 milhões de pessoas que, por serem early adopters, oferecem insights que tendem a se materializar em produtos concretos no futuro ou que merecem ser avaliados sobre tecnologias de futuro próximo, incluindo Inteligência Artificial, Realidade Virtual, 5G e automação. O estudo também utiliza dados da plataforma de analytics de 2017/2018 do ConsumerLab, que inclui dados de mais de 72 mil usuários de smartphone com idade entre 15–69 de 50 países.

Para baixar o estudo completo e ver mais dados, acesse esse link.

FONTE: PCWORLD